Por que Osasco é famosa pelo seu cachorro-quente?

Quem já passou por Osasco, na Grande São Paulo, provavelmente ouviu falar — ou experimentou — o famoso cachorro-quente da cidade. Mas o que há de tão especial assim nesse lanche para ter virado um símbolo local? A resposta está na combinação generosa de ingredientes, na criatividade dos vendedores e na história popular que fez da cidade um ponto obrigatório para quem ama um bom hot dog turbinado.
Diferente do modelo americano, que costuma ser mais simples, o cachorro-quente de Osasco é quase uma refeição completa. Vai muito além do pão com salsicha: leva purê de batata, milho, ervilha, vinagrete, queijo ralado, batata palha, requeijão e até carne moída ou frango desfiado — tudo em camadas fartas, que desafiam a firmeza do pão e a habilidade de quem tenta comer sem derrubar nada.
Esse estilo se popularizou nas décadas de 1980 e 1990, quando lanchonetes e carrinhos começaram a disputar a clientela com lanches cada vez mais incrementados. Os vendedores investiram na variedade e no tamanho para atrair trabalhadores famintos e estudantes à noite — e deu certo. Osasco virou referência no assunto, a ponto de seu hot dog ser frequentemente lembrado em listas dos lanches mais icônicos do Brasil.
Hoje, comer um cachorro-quente em Osasco é quase um ritual. Muitos moradores têm seu carrinho ou lanchonete preferida, e visitantes costumam sair da capital paulista só para provar. Mais do que comida, é um símbolo cultural da cidade, recheado de memória afetiva e exagero bem brasileiro.