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Por que Romário está sendo “cancelado” pelos bolsonaristas do PL

Romário ao lado de Bolsonaro e Cláudio Castro no Maracanã. Foto: reprodução

O senador Romário (PL-RJ) mantém uma postura independente dentro do Partido Liberal, ignorando as cobranças do bolsonarismo para apoiar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Único senador eleito pelo partido que não endossou os pedidos contra Moraes, o ex-atleta viu sua relação com Jair Bolsonaro (PL) se deteriorar desde as eleições de 2022, quando o ex-presidente apoiou a candidatura de Daniel Silveira ao Senado, prejudicando sua reeleição.

Aliados do senador afirmam que a relação com o bolsonarismo está “inviabilizada”, embora ele mantenha diálogo com outras lideranças do PL, como o governador do Rio, Cláudio Castro, e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Romário nunca superou o que considera uma atitude “dúbia” de Bolsonaro durante a campanha eleitoral, quando Silveira, inelegível, recebeu mais de 1,5 milhão de votos, reduzindo a margem de vitória do ex-jogador.

Nas redes sociais, Romário enfrentou uma onda de ataques de bolsonaristas, que o chamaram de “traidor” por não se alinhar à campanha contra Moraes. Em resposta, o senador publicou uma nota afirmando não dever “nada a ninguém” e destacando que já enfrentou “pressão muito maior”. Ele também ressaltou nunca ter mantido fotos com Bolsonaro em seu perfil, marcando ainda mais a distância entre os dois.

Após a pressão dentro do partido crescer, na última semana, Romário deixou de seguir Bolsonaro nas redes sociais e apagou publicações relacionadas ao ex-presidente. Entre os conteúdos, estavam fotos e vídeos feitos durante a campanha eleitoral de 2022, quando o “baixinho” foi reeleito.