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Por que tanta gente está relatando perda de memória após os 50?

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Muitas pessoas acima dos 50 anos têm relatado falhas de memória, e há pesquisas que ajudam a entender por que isso ocorre. Um estudo da Mayo Clinic aponta que causas comuns incluem o uso combinado de medicamentos, distúrbios do sono, estresse prolongado e deficiências vitamínicas, como a de B12. Além disso, o National Institute on Aging, dos Estados Unidos, confirma que o envelhecimento natural pode provocar alterações leves na memória, mas alerta que fatores ambientais e comportamentais aceleram o processo em certos indivíduos.

O estresse crônico, por exemplo, eleva os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, afeta diretamente o hipocampo — área do cérebro essencial para formar novas memórias. Pesquisas recentes demonstram que níveis elevados de cortisol por longos períodos estão associados a dificuldades cognitivas, inclusive em adultos saudáveis. Outro fator relevante é o sono. A privação contínua ou noites mal dormidas reduzem a consolidação da memória, dificultando a retenção de informações novas no dia a dia.

Medicamentos de uso comum na faixa etária acima dos 50 anos também merecem atenção. Antidepressivos, remédios para ansiedade, antialérgicos e até relaxantes musculares têm sido associados a quadros de esquecimento leve a moderado, principalmente quando usados simultaneamente. Em muitos casos, a retirada ou substituição dessas substâncias pode melhorar o desempenho cognitivo. Por isso, médicos recomendam revisão regular da medicação com profissionais especializados, como neurologistas ou geriatras.

Embora a perda de memória nem sempre signifique algo grave, ela pode ser um sinal de alerta para problemas tratáveis, como depressão, apneia do sono, doenças da tireoide ou deficiência de nutrientes. Ao notar mudanças persistentes, como dificuldade para lembrar compromissos recentes ou repetir conversas, é importante buscar diagnóstico precoce. Adotar bons hábitos alimentares, praticar exercícios físicos e manter a mente ativa são estratégias eficazes para preservar a saúde do cérebro ao longo do envelhecimento.