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Possibilidade de vitória de Lula leva donos de armas ao psicólogo

Foto: AFP

Clínicas especializadas em avaliações psicológicas nas principais capitais do Brasil registraram um aumento na demanda de pessoas preocupadas com suas armas caso Lula venças as eleições e haja uma mudança na legislação de posse de armas de fogo, tornando-as mais rígidas. A informação é da coluna do Lauro Jardim, do GLOBO.

Segundo dados dos institutos Igarapé e Sou da Paz, o Brasil atingiu em julho 1 milhão de CACs (registros de armas para colecionador, atirador e caçador). De novembro de 2021 até julho deste ano, houve um acréscimo de 200 mil novas armas. Sob o governo Bolsonaro, quase um clube de tiro foi aberto por dia no Brasil.

Números cedidos pelo Exército mostram que há pelo menos 2.061 clubes de tiros em atividade no país, e quase metade (1.006) foi fundada de janeiro de 2019 até maio de 2022. Ainda no primeiro ano do atual governo, o Brasil bateu um recorde de inaugurações de clubes de tiro, com a abertura de 232 entidades. A marca, porém, já foi superada duas vezes, com 291 clubes fundados em 2020 e mais 348 no ano passado.

Os clubes têm avançado cada vez mais ao interior do país, aumentando a circulação de armas em massa. Alagoas, por exemplo, tinha somente três entidades registradas no Exército até 2010, sendo duas em Maceió e uma em Arapiraca, segunda maior cidade do estado. Hoje são 25 clubes, espalhados por 15 municípios.

O movimento pró-armas começou a crescer ainda antes do governo Bolsonaro. O registro de clubes de tiro teve uma alta em 2004 e 2005, logo após a aprovação do Estatuto do Desarmamento, mas os números caíram de forma acentuada logo em seguida e se mantiveram baixos até 2016, quando começaram a subir. O aumento coincide com a ascensão de Bolsonaro, que trouxe a bandeira pró-armas à sua campanha presidencial de 2018 e seu mandato.

“As armas são instrumentos, objetos inertes, que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas. Isso depende de quem as está segurando: pessoas boas ou más. Um martelo não prega e uma faca não corta sem uma pessoa”, afirmava um trecho do plano de governo Bolsonaro.

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