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Post pago de Preta Gil defendendo Karol Conká expõe a publicidade das redes

Karol Conká. (foto: Reprodução/ Instagram BBB)

De Guilherme Augusto no Estado de Minas.

Edição que tem como “tema” a cultura do cancelamento, o ”Big Brother Brasil 21” teve seu clímax na última terça-feira (23/02), quando a rapper curitibana Karol Conká, de 35 anos, foi eliminada da disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão com 99,17% dos votos.

Ela disputava a permanência na casa com dois outros participantes, o doutorando em economia pernambucano Gilberto Nogueira, de 29, e o instrutor de crossfit capixaba Arthur Picoli, de 26, que tiveram 0,29% e 0,54%, respectivamente. A porcentagem é o recorde de rejeição, consideradas todas as edições do programa.

Pesaram contra a rapper curitibana as várias polêmicas em que se envolveu durante o confinamento, que lhe renderam acusações de cometer tortura psicológica e assédio, por parte do público. A indignação com as atitudes de Karol Conká no “BBB21” motivou campanhas por sua saída, convocadas inclusive por outros artistas , como a cantora Ludmilla e a atriz Deborah Secco, via redes sociais, onde é intenso o debate sobre o programa. Manifestar-se sobre ele é uma forma de se manter “relevante” na discussão.

Mas, na noite da eliminação, uma ação de marketing de uma marca de cerveja – patrocinadora do ”BBB” acendeu o debate acerca do dilema que as celebridades enfrentam,  ao declarar torcida por algum participante do reality.

A campanha consistiu em um post pago, que simulava uma troca de mensagens entre a cantora Preta Gil, a influenciadora digital Lorrane Silva, mais conhecida como Pequena Lô, e a ex-BBB Thelma Assis, campeã da edição 2020 do programa.

”Não concordei com as atitudes da Karol no #BBB21. Mas também sempre questionei, a propagação de ódio e cancelamento são o caminho? Espero que ela aprenda com os erros e seja muito feliz. O que vocês acham?”, publicou Preta.

”É sobre isso! Cancelar e gerar ódio é opressão, mesmo você não concordando com ela. Não precisamos ser iguais. Espero que todos nós possamos aprender a ter mais empatia, tolerância e que todos possam aprender com os erros aqui fora”, respondeu Lorrane.

Os posts foram publicados com a hashtag da marca e com o sinalizador ‘#publi’, o que indica uma postagem paga.

No Twitter, a iniciativa foi vista como ”oportunista” e ”forçada”, uma tentativa de ”comercializar a empatia”.

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