Prefeito bolsonarista do Maranhão é acusado de sedar amante e realizar aborto sem consentimento em motel
O prefeito bolsonarista de Carolina (MA), Erivelton Teixeira Neves (PL), se tornou réu após dopar a amante grávida e realizar um aborto na vítima sem seu consentimento. A Justiça do Tocantins aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) no último mês, no entanto, o caso ocorreu em 2017.
Segundo o MP, Erivelton mantinha um relacionamento extraconjugal com Rafaela Maria Santos até 2016. Eles terminaram após ela descobrir que ele era casado, entretanto, reataram no inicio do ano seguinte e a mulher engravidou.
Erivelton, que também é médico, costumava andar com um aparelho de ultrassom portátil. O combinado era que ele examinaria a mulher no quarto de motel. O MP afirmou que o exame de ultrassom foi apenas uma desculpa para atrair a vítima para uma armadilha e o que aconteceu depois foi um aborto, sem o consentimento da gestante.
A promotoria disse que o médico ludibriou a mulher depois de ter uma relação sexual com ela no local, afirmando que tiraria seu sangue para realizar exame de gravidez, mas que neste momento ele a sedou. Ela levou nove meses para registrar um boletim de ocorrência.
“Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: ‘Eu não estou me sentindo bem’. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado”, disse Rafaela ao programa Fantástico, da TV Globo.
Outro suspeito de ter participado do crime é o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL), que era o motorista de Erivelton na época. Ele também se tornou réu. Após o episódio, a dupla teria deixado a mulher, ainda debilitada, sozinha em casa.