Prefeito da cidade de Bolsonaro é indiciado por associar “macumbeiros” com o “diabo”

O prefeito Ildo de Souza, também conhecido como Ildo Gaúcho (PSDB), está sob investigação por uma comissão especial de inquérito na Câmara de Glicério, interior de São Paulo, após a publicação de um texto no domingo (10) com o título “macumbeiros que têm pacto com o diabo”. O inquérito busca determinar se o chefe do Executivo municipal cometeu o crime de intolerância religiosa.
O caso, que ganhou destaque na cidade natal de Jair Bolsonaro, envolveu o apagamento da publicação por Ildo Gaúcho devido à pressão. Em uma nota de esclarecimento, o político afirmou que não teve a intenção de causar conflito religioso. Porém, a postagem original continha ofensas aos praticantes de religiões de matriz africana, como “vagabundos do diabo” e declarações depreciativas.
A comissão de vereadores tem 90 dias para apurar se houve crime de intolerância religiosa, e, se comprovado, a Câmara de Glicério deve divulgar um relatório com sugestões de medidas a serem tomadas, de acordo com o Regimento Interno do Legislativo municipal.

A comissão especial de inquérito não tem o poder de cassar o mandato do prefeito, sendo necessário o estabelecimento de uma comissão processante para tal. Ildo Gaúcho, à frente da Prefeitura de Glicério desde 2017, também enfrenta um boletim de ocorrência e uma investigação policial sobre sua postagem.
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