Prefeito de Mogi das Cruzes (SP) é alvo de 40 denúncias por assédio e ameaça

O prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, Caio Cesar Machado da Cunha (Podemos), está sendo acusado de assédio moral, perseguição e até ameaça de morte por parte de servidores municipais. Até o momento, aproximadamente 40 denúncias foram feitas contra o prefeito na Câmara Municipal, além de ações judiciais em curso. A administração municipal nega veementemente as acusações.
Segundo o UOL, quatro servidores municipais se manifestaram, alegando que uma atmosfera de perseguição foi estabelecida na prefeitura, especialmente direcionada a indivíduos que, segundo a avaliação de Cunha e sua equipe, possuem ligações com a administração anterior. Eles relataram situações humilhantes, transferências consideradas como formas de “punição” aos funcionários e até mesmo alegações de ameaças de morte.
Os vereadores da cidade reagiram às alegações e, em maio, criaram uma comissão especial para investigar os relatos de assédio moral. Durante os depoimentos, os servidores descreveram pressão e perseguição como elementos presentes em seu ambiente de trabalho. A comissão planeja encerrar suas atividades e apresentar suas conclusões em novembro.
Um dos casos mais alarmantes envolvendo o prefeito Cunha é a alegação de ameaça de morte feita pelo servidor Rodrigo Bus, que trabalhava com finanças na Secretaria de Educação. Após desentendimentos com a chefe Marilu Beranger, indicada por Cunha, Bus afirmou que o prefeito o ameaçou, dizendo que jogaria ele de um local alto na sede do órgão.
Posteriormente, o servidor foi realocado para cuidar de um campo de futebol desativado, enfrentou dois processos disciplinares e tirou licença por depressão. O caso foi parar nos tribunais, que emitiram uma ordem em junho de 2021 suspendendo a transferência de Bus, sob pena de multa diária de R$ 1.000. No entanto, a prefeitura ainda não cumpriu essa decisão judicial.