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Premiê da Espanha toma posse e militares da reserva pedem golpe

O primeiro-ministro Pedro Sánchez tomou posse diante do rei Filipe 6º nesta sexta (17). Foto: Andres Ballesteros/AFP

Na Espanha, o primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez (PSOE) tomou posse nesta sexta (17) e gerou reação de um grupo de militares da reserva, que pediu um golpe no país. Documento publicado pela Associação de Militares Espanhóis (AME), entidade radical de extrema-direita, convoca seus membros  para promover uma ruptura institucional.

O texto pede que Sánchez seja destituído e que os defensores da “ordem constitucional” convoquem eleições gerais, além de se manifestar contra anistia ao premiê. O documento foi publicado nesta quinta (16) e é assinado por três generais de divisão, quatro generais de brigada, 23 coronéis, quatro tenentes-coronéis, sete comandantes e nove capitães, todos da reserva.

O manifesto cita a própria Constituição como meio para destituir Sánchez. “Pedimos aos responsáveis pela defesa da ordem constitucional que destituam o primeiro-ministro e convoquem eleições gerais”, diz o texto, alegando que a ordem constitucional do país está “em grave perigo”.

Essa não é a primeira vez que a AME participa de iniciativas golpistas. Em outro manifesto, divulgado há cinco anos, eles fizeram uma “declaração de respeito e reparação ao General Francisco Franco”, ditador que governou a Espanha por 39 anos. Dois anos depois, foram divulgadas mensagens vazadas em um chat de reservistas do grupo que defendiam “matança de comunistas”.

“Confio que teremos outra matança de comunistas, mas que desta vez não será pouco. Devemos aniquilar 26 milhões, incluindo crianças”, diz mensagem vazada de grupo da AME.

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