Premiê francês alerta para possível ataque com armas químicas e biológicas
Da ANSA:
Um dia após a França realizar uma operação contra suspeitos de terrorismo, as autoridades belgas deflagraram nesta quinta-feira (19) uma ação militar no bairro de Molenbeek e em outras áreas da capital do país, Bruxelas, famosas por abrigarem extremistas.
O objetivo é encontrar pessoas ligadas a Bilal Hadfi, um dos kamikazes que atuou perto do Stade de France, na última sexta-feira (13), nos atentados de Paris assumidos pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis).
Um morador da zona de Laeken, na periferia de Bruxelas e onde fica o Atomium, deu um alerta para a polícia sobre uma suspeita de bomba na região. Os agentes fecharam as vias locais para buscas e apreensões.
O governo também anunciou que destinará 400 milhões de euros adicionais ao setor de segurança nacional para ações antiterrorismo.
Mais cedo, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, alertou sobre o risco de armas químicas e biológicas em novos atentados terroristas. “Não podemos excluir nenhuma possibilidade”, comentou o premier, ressaltando “a imaginação macabra” dos organizadores. “Estamos em guerra e não é uma guerra da qual estamos habituados. Este novo conflito é uma guerra planificada, conduzida por um Exército criminal, com novos modos de operar, de atingir, de matar”, disse Valls.
“A imaginação macabra dos que ordenam os ataques é sem limites: fuzis de assalto, decapitações, bombas humanas, armas brancas”, comentou.
O projeto de lei sobre a extensão por três meses do estado de emergência na França chegou hoje ao Parlamento para análise e foi proposto pelo presidente François Hollande. Além disso, a França estuda uma mudança na Constituição que prevê mais autoridade policial para perseguir e vigiar suspeitos, além de conceder mais poderes ao Executivo para situações de exceção.