O ex-presidente José Sarney disse a aliados que não pretende assinar a “Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa da Democracia”. O manifesto será lido em 11 de agosto durante ato na USP.
Dois interlocutores disseram que Sarney não costuma assinar documentos dessa natureza. Eles também afirmaram que o ex-presidente já se pronunciou sobre o assunto em um discurso em 20 de julho na ABL (Academia Brasileira de Letras).
Na ocasião a ABL comemorava seus 125 anos e Sarney foi o orador. Em sua fala, ele destacou a importância de eleições livres, sob vigilância do STF (Supremo Tribunal Federal), como condição para a democracia.
“Infelizmente, não é só a cultura brasileira que precisa, neste momento, ser defendida. Fui o presidente que conduziu a transição democrática, tenho a responsabilidade pessoal de defendê-la. Ela se consolidou pela prática continuada de eleições livres, sob a vigilância segura do Supremo Tribunal Federal”, disse Sarney.
Nesta sexta-feira (5) emissários tentaram convencê-lo a aderir à carta, porém, Sarney afirmou que nunca assinou um manifesto. Apesar da resposta negativa, os organizadores do manifesto ainda alimentam a esperança de ele mudar de ideia.
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