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Presidente de Portugal se nega a participar de desfile militar golpista no Brasil

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal. Foto: Francisco Leong (AFP)

Apesar do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ter confirmado presença na cerimônia de comemoração dos 200 anos da independência do Brasil, em Brasília, é improvável que aceite o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para assistir ao desfile militar do 7 de Setembro que o líder brasileiro está preparando em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Rebelo de Sousa tem sido orientado pelos assessores para não comparecer a atos políticos extremos e concentrar a agenda em eventos comemorativos. Rebelo de Sousa retornará ao Brasil depois de ter sido esnobado por Bolsonaro, que cancelou um almoço entre os dois, após o presidente português agendar um encontro com o ex-presidente Lula, maior adversário político de Bolsonaro e atual líder em todas as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República.

O presidente português têm se preocupado com o clima político extremamente conturbado no Brasil. Para ele, a instabilidade na conjuntura pode ser usada em atos contra a democracia. Por mais que a agenda fechada entre o Palácio do Planalto e o Palácio de Belém seja puramente formal, nada impede que Bolsonaro arraste líderes de outros países para sancionar movimentos golpistas.

A expectativa dos auxiliares do governo português é de que todo o roteiro da participação de Rebelo de Sousa nos eventos do bicentenário da independência seja definido nas próximas semanas, a fim de evitar surpresas desagradáveis.

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