Presidente de Portugal se nega a participar de desfile militar golpista no Brasil

Apesar do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ter confirmado presença na cerimônia de comemoração dos 200 anos da independência do Brasil, em Brasília, é improvável que aceite o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para assistir ao desfile militar do 7 de Setembro que o líder brasileiro está preparando em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Rebelo de Sousa tem sido orientado pelos assessores para não comparecer a atos políticos extremos e concentrar a agenda em eventos comemorativos. Rebelo de Sousa retornará ao Brasil depois de ter sido esnobado por Bolsonaro, que cancelou um almoço entre os dois, após o presidente português agendar um encontro com o ex-presidente Lula, maior adversário político de Bolsonaro e atual líder em todas as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República.
O presidente português têm se preocupado com o clima político extremamente conturbado no Brasil. Para ele, a instabilidade na conjuntura pode ser usada em atos contra a democracia. Por mais que a agenda fechada entre o Palácio do Planalto e o Palácio de Belém seja puramente formal, nada impede que Bolsonaro arraste líderes de outros países para sancionar movimentos golpistas.
A expectativa dos auxiliares do governo português é de que todo o roteiro da participação de Rebelo de Sousa nos eventos do bicentenário da independência seja definido nas próximas semanas, a fim de evitar surpresas desagradáveis.
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