Presidente do Superior Tribunal de Justiça diz que Queiroz não é tratado como “cidadão comum”
Do Twitter da Band:
O presidente do Superior Tribunal de Justiça afirma que Fabrício Queiroz não é tratado como “cidadão comum”.
No mês passado, João Otávio Noronha autorizou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro ficasse em prisão domiciliar.
A decisão acabou sendo revista por Félix Fischer, relator do caso no STJ, mas foi restabelecida por Gilmar Mendes, do Supremo. Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, Noronha disse ser natural que haja interpretações distintas para o mesmo caso.
Ao defender a própria posição, argumentou que não existiam as condições da lei para a prisão preventiva, como prejuízo ao processo e atualidade do delito: “A segregação era necessária para a investigação? A investigação nem denúncia tem”.
Para ele, o fato de Fabrício Queiroz ser quem é não pode torná-lo diferente diante da lei.
O presidente do STJ também refutou o vínculo entre a decisão e uma possível indicação ao Supremo pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Queiroz não está sendo tratado como cidadão comum porque tem uma ligação com o senador que é filho de um presidente da República. Aí todo mundo quer dar um tratamento diferenciado. Não sou candidato ao Supremo. Não se candidata ao Supremo. Eu não tenho vínculo nenhum com o presidente Bolsonaro. Se o presidente diz que simpatiza comigo, eu fico muito feliz. Quero que todo mundo simpatize comigo”.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça afirma que Fabrício Queiroz não é tratado como "cidadão comum". No mês passado, João Otávio Noronha autorizou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro ficasse em prisão domiciliar. #BandJornalismo pic.twitter.com/drsunQdZMn
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) August 17, 2020