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Presidente do Superior Tribunal de Justiça diz que Queiroz não é tratado como “cidadão comum”

Do Twitter da Band:

Fabrício Queiroz durante entrevista ao SBT, em 2018 | Reprodução

O presidente do Superior Tribunal de Justiça afirma que Fabrício Queiroz não é tratado como “cidadão comum”.

No mês passado, João Otávio Noronha autorizou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro ficasse em prisão domiciliar.

A decisão acabou sendo revista por Félix Fischer, relator do caso no STJ, mas foi restabelecida por Gilmar Mendes, do Supremo. Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, Noronha disse ser natural que haja interpretações distintas para o mesmo caso.

Ao defender a própria posição, argumentou que não existiam as condições da lei para a prisão preventiva, como prejuízo ao processo e atualidade do delito: “A segregação era necessária para a investigação? A investigação nem denúncia tem”.

Para ele, o fato de Fabrício Queiroz ser quem é não pode torná-lo diferente diante da lei.

O presidente do STJ também refutou o vínculo entre a decisão e uma possível indicação ao Supremo pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Queiroz não está sendo tratado como cidadão comum porque tem uma ligação com o senador que é filho de um presidente da República. Aí todo mundo quer dar um tratamento diferenciado. Não sou candidato ao Supremo. Não se candidata ao Supremo. Eu não tenho vínculo nenhum com o presidente Bolsonaro. Se o presidente diz que simpatiza comigo, eu fico muito feliz. Quero que todo mundo simpatize comigo”.