Presidente da Itapemirim tentou alterar sociedade para driblar credores

Antes da estreia do primeiro voo da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), nos cinco dias anteriores, o presidente da empresa, Sidnei Piva, alterou o contrato social da nova companhia retirando a Viação Itapemirim, em recuperação judicial, do quadro societário da aérea, acredite se quiser.
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Mudança no contrato do Itapemirim
Segundo documentos obtidos pelo Congresso em Foco, a Itapemirim Group Ltda passaria a ser a nova sócia majoritária.
Foi assim que a ITA não teria mais nenhuma relação com a empresa rodoviária, afundada em dívidas.
15ª alteração no contrato social da ITA foi protocolada na Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), no Sincomércio Osasco, no dia 25 de junho de 2021 e deferida pelo assessor técnico Itamar Magno de Senna, sob o número de protocolo 0.549.374/21-8.
De acordo com um ex-funcionário do Grupo Itapemirim, o objetivo da alteração seria uma tentativa de blindagem patrimonial.
Segundo o contrato social da Itapemirim Group Ltda, cujos sócios são as empresas Star Mobility Participações Ltda e Space Air Participações Ltda, ambas de Sidnei Piva.
Capital social da empresa é de R$ 352 milhões de reais e formado por 74 imóveis que, na realidade, pertenceriam a Imobiliária Bianca, também em recuperação judicial.
“Ele jamais poderia usar esses imóveis porque são todos ativos que pertencem a credores”, acusa a ex-sócia de Sidnei Piva, Camila Valdívia, ao site.
Um fonte do mercado aéreo, que pediu anonimato, afirmou que o objetivo de Piva, após a blindagem patrimonial, era deixar que os credores pedissem a falência da Viação Itapemirim.