Preso, Milton Ribeiro já afirmou que priorizou amigos de pastores a pedido de Bolsonaro
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Foi preso na manhã nesta quarta-feira (22), juntamente com o pastor Gilmar Santos, Milton Ribeiro, o ex-ministro da educação e pastor de igreja presbiteriana em Santos, suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE. Anteriormente, ele já afirmou em um áudio que a prioridade das prefeituras de amigos foi pedida pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.
Nas declarações, ele disse que estaria atendendo uma solicitação do próprio Jair Bolsonaro (PL). “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirmou o religioso em uma conversa com prefeitos e os dois religiosos
“Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, completou. Na gravação, ele não dá detalhes de como esse apoio se concretizaria.
Em depoimento à PF no mês de abril, Ribeiro disse que apenas obedecia ordens do presidente, o qual pediu que o Ministério repassasse as verbas para os municípios indicados pelos pastores Gilmar Silva e Arilton Moura.
De acordo com a Policia Federal, por meio de depoimentos e de um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) foi possível mapear indícios de crimes na liberação de verbas do fundo. Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. A investigação chamada de Acesso Pago investiga a prática de “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE.
Os pastores são os alvos principais do escândalo, eles negociaram com prefeitos a liberação de recursos federais mesmo sem ter cargo no governo. Prefeitos relataram pedidos de propina, até em ouro.