Presos pelo sequestro de advogada desviaram R$ 3 milhões para o Paraguai

O suspeitos presos pelo envolvimento no sequestro da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy (55) enviaram cerca de R$ 3 milhões ao Paraguai para tentar esconder a extorsão contra a família da vítima. Eles cobraram R$ 4,6 milhões pelo resgate e não liberaram a mulher.
A delegada responsável pelo caso, Cristiana Onorato Miguel, afirma que o acesso dos criminosos ao dinheiro é o que mais dificulta a confissão do crime. Além do valor enviado ao país, outros R$ 950 mil foram gastos na compra de eletrônicos para uma loja da família dos sequestradores e outros R$ 500 mil usados na aquisição de um carro de luxo e uma moto.
O gasto na compra de aparelhos que seriam revendidos é a principal prova contra Lourival Correa Netto Fatiga, amigo e segurança da família da vítima, seus dois filhos e a mulher com quem se relaciona. A transferência foi feita dois dias depois do pagamento do resgate.
Lourival intermediou a negociação com os supostos sequestradores e foi responsável por entregar o dinheiro. Sua localização na data do sequestro também despertou suspeita: investigadores identificaram, por meio do rastreio de seu celular e imagens de câmeras de segurança, que ele estava perto do shopping onde Anic foi vista pela última vez.