Pressionado por Bolsonaro, TSE recua e desconvida missão europeia para eleições
Pressionado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retirou um convite para que representantes da União Europeia atuassem como observadores internacionais das eleições de outubro.
O convite inédito também foi enviado para a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES), o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
O Itamaraty, porém, discordou da iniciativa, argumentando que não haveria simetria no fato de o Brasil ser observado por um grupo de fora do país. A diplomacia brasileira divulgou uma nota, em abril, lembrando “não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte”.
Segundo um ministro do TSE ouvido pelo jornal O Globo, os contatos bilaterais entre os organismos internacionais seguem ativos. Ele afirmou que a presença de vários observadores europeus ainda é tida como certa, assim como ocorreu em eleições anteriores.