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Preta Gil: meu bloco e meus fãs são “uma extensão da minha visão de mundo, calcada no respeito ao próximo”

Da Folha:

Prestes a comandar multidões no Rio de Janeiro, em Salvador e em São Paulo, Preta Gil se prepara para mais um Carnaval de fôlego. Equilibrando uma rotina de terapias e dietas, a artista acaba de lançar “Din Din Dom”, single sobre respeito e aceitação que divide com Aila Menezes, e “Balacobaco”, com o projeto social Quabales e parceria inédita com Daniela Mercury.

Na capital carioca, o Bloco da Preta passa pela avenida Presidente Antonio Carlos, neste domingo (16), enquanto na Bahia ela fará o circuito Barra- Ondina, que recebe os foliões, no dia 21/2. Na capital paulista, Preta se apresenta no parque Ibirapuera no dia 1º/3.

Atenta às questões políticas e sociais do momento, a cantora comenta questões como diversidade sexual, aceitação dos corpos e feminismo. “Eu me sinto uma representante das ‘maiorias’, porque eu não acredito que sejam minoria, pelo menos na minha vida e no meu universo e na forma de pensar. Meu trabalho, bloco e meus fãs, são de certa forma uma extensão da minha visão de mundo, calcada no respeito ao próximo”, diz Preta Gil ao F5.

A cantora afirma que o Bloco da Preta é do povo e está muito feliz pelo bloco estar há 11 anos no Rio, há quatro em Salvador, e há dois em São Paulo.

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Como mulher negra bissexual, você se considera uma representante das minorias? Tenta transmitir isso no seu trabalho? E como você vê o avanço dessas pautas nos últimos anos?

Eu me sinto uma representante das ‘maiorias’, porque eu não acredito que sejam minoria, pelo menos na minha vida e no meu universo e na forma de pensar. Meu trabalho, bloco e meus fãs, são de certa forma uma extensão da minha visão de mundo, calcada no respeito ao próximo. Não digo isso para parecer melhor do que ninguém mas por acreditar que chegamos ao limite da intolerância, da injustiça. Creio que avançamos a cada momento em que alguém tenta ser justo com o outro, ninguém está só. Hoje algumas pautas estão muito latentes, há um policiamento maior e consequentemente uma maior exposição de quem achava que podia fazer piada do primo gay, da vizinha gorda, do negro, do portador de deficiência física… É um processo, espero que estejamos evoluindo.

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