Primeira reinfecção de covid com nova mutação é identificada pela UFMG
De O Tempo.
O primeiro caso de reinfeção pela nova mutação do coronavírus originária da África do Sul, “E484K”, registrado no final de 2020 em uma paciente brasileira, foi confirmado nesta segunda-feira (18) em análise feita por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com a universidade mineira, a descoberta “pode ter grandes implicações para as políticas públicas de saúde, estratégias de vigilância e imunização” no Brasil. O alerta foi publicado em artigo no último 6 de janeiro em versão “preprint” na revista científica “The Lancet Infectious Diseases”. O estudo aguarda revisão por pares para publicação definitiva.
“O Brasil teve, inclusive, uma posição de destaque nessa conversa, por ser um dos únicos países que tem identificado algumas variantes. Além de termos identificado também essas mutações virais que estão sendo observadas internacionalmente, como a da Inglaterra, N501Y, e essa da África do Sul, a E484K”, afirma o professor e virologista do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, em nota.
“O estudo desenvolvido por Santana e seus colegas acompanhou o caso clínico de uma paciente 45 anos, moradora de Salvador, sem comorbidades, que se destacou como o primeiro caso de reinfecção por SARS-CoV-2 no Estado da Bahia. Diagnosticada com covid-19 em 20 de maio, a baiana voltou a ter a doença registrada em 26 de outubro, dessa vez com sintomas um pouco mais severos. Ambos os diagnósticos foram confirmados por testes do tipo RT-PCR. Quatro semanas após o segundo episódio, a paciente passou também por um teste de IgG com confirmação de anticorpos”, detalha a UFMG no texto.
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