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Processo conhecido como “dólar futuro” contra Cristina Kirchner é encerrado na Argentina

Do Página12

A Sala I da Câmara de Cassação demoliu nesta terça-feira o caso dólar-futuro, um daqueles instruídos pelo desembargador Claudio Bonadio e, posteriormente, validado pela Câmara Federal e pela Câmara de Cassação, incluindo os visitantes da Casa Rosada e Olivos, Gustavo Hornos e Mariano Borinsky.

Por unanimidade, os três magistrados – Ana María Figueroa, Daniel Petrone e Diego Barroetaveña – consideraram que o laudo pericial realizado com quase cinco anos de atraso demonstrou que não houve dano ao Estado e, portanto, nenhum julgamento é necessário e decretou o desimpedimento de Cristina Fernández de Kirchner, Axel Kicillof, Alejandro Vanoli, Miguel Pesce e os demais réus.

O voto mais duro foi o do desembargador Figueroa que detalhou, passo a passo, como Bonadio evitou que os réus se defendessem, negou-lhes até cópia do processo, não fez a perícia elementar para apurar se houve ou não dano ao Estadual, protegeu funcionários do PRO e teve cobertura das instâncias superiores de Comodoro Py.

Figueroa também descreveu a arbitrariedade de que o dólar-futuro era uma operação do Banco Central, entidade autônoma, e mesmo assim o processo servia para acusar, sem qualquer responsabilidade no BCRA, o ex-presidente e o ex-ministro da Economia. O objetivo todo era ter as fotos de ambos no banco dos réus. (…)