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Procurador acredita que imprensa está contra a Lava Jato

Procuradores da Lava Jato

Do Consultor Jurídico (ConJur).

Para o procurador da República Maurício Gotardo Gerum, a “lava jato” está sob ataque. E é a imprensa quem está na ofensiva, acredita ele. A tese foi apresentada em parecer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região em que Gerum se manifesta contra a suspeição dos colegas de Curitiba. E contra a anulação o depoimento de um ex-diretor da Odebrecht que se disse forçado a mentir em sua delação premiada para incriminar o ex-presidente Lula.

A exceção de suspeição foi apresentada ao TRF-4 pela defesa do ex-presidente, feita pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins. Eles afirmam que as mensagens de Telegram vazadas pelo site The Intercept Brasil mostram que os procuradores da “lava jato” tratavam Lula como inimigo político, e não como investigado ou réu, e que diversas conversas dão indícios de que eles manipularam provas e testemunhas para colar as investigações no ex-presidente.

O depoimento do ex-executivo da Odebrecht também corrobora a tese dos advogados de Lula — o ex-diretor depois se arrependeu do que disse.

No parecer Gerum, além da tese sobre a conspiração da imprensa contra a “lava jato” — uma “campanha panfletária” —, ele repete o discurso de seus colegas: “São absolutamente normais os contatos entre o juiz e o membro do Ministério Público sem que daí se possa extrair qualquer prejuízo ao jurisdicionado”.

“Nada mais são do que conversas próprias a pessoas que dividem o ambiente de trabalho e comentam os eventos recentes, sem que seja possível extrair o mínimo intuito de uma influenciar a outra em sua atuação profissional”, diz ele.

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