Procurador da Lava Jato diz que delatores fazem o preço e ele aceita se alvo for valioso
Do Brasil247
Integrante da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, disse ontem à noite os acordos de colaboração – ou delação premiada, como são mais conhecidos – são firmados a partir de uma lógica “utilitária” e “de mercado”.
Decano da força-tarefa, Santos Lima fez parte do grupo de procuradores que investigou escândalos de corrupção no Banestado, extinto banco estadual paranaense, ocorridos durante o governo de Jaime Lerner (1995-2003). Aquela investigação firmou acordos do tipo – inclusive com o doleiro Alberto Youssef – que serviram de modelo para a Lava-Jato.
As informações são de reportagem do de Rafael Moro Martins no Valor.
Nesta terça (4), os advogados do ex-presidente Lula entraram com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público pedindo que o órgão investigue a conduta do procurador em relação ao petista. Carlos Fernando tem reiteradamente postado em sua página do Facebook manifestações desrespeitosas e de nítido caráter político contra o ex-presidente.
