Procurador diz que atentado em Paris é um ‘exemplo do controle social da mídia’ no Brasil
O procurador da República Ailton Benedito, do Ministério Público Federal em Goiás, disse nas redes sociais que “o atentado terrorista à revista ‘Charlie Hebdo’ é um exemplo do ‘Controle social da mídia’ que alguns querem para o Brasil.
Benedito é o mesmo que mandou instaurar inquérito civil para apurar um suposto recrutamento ilegal de crianças e adolescentes brasileiros pelo governo da Venezuela. Segundo o órgão, eles seriam levados para serem doutrinados a atuar na chamada “revolução bolivariana”.
A história era fruto de um boato na Internet. “Brasil”, na verdade, é uma localidade venezuelana.
Em seu blog, o procurador escreveu o seguinte:
“Indignados nós que prezamos os valores sobre os quais se construiu o mundo ocidental, sentimo-nos, todos, vítimas do ataque terrorista perpetrado contra a revista francesa Charlie Hebdo. Todavia, somos tentados pela vontade de esquecer quão rapidamente nos seja possível o que nos provoca desagrado, sofrimento, repulsa.
Em 25 de outubro de 2014, véspera do 2º turno da eleição presidencial no Brasil, a revista Veja, depois de publicar matéria sobre o assalto corrupto à Petrobras, teve sua sede atacada por terroristas disfarçados de vândalos. Entretanto, quem se lembra?
A diferença entre os dois ataques às mencionadas revistas é apenas, até agora, a escala do terror. Lá como cá, os objetivos dos terroristas são os mesmos: calar a imprensa, matar as liberdades humanas, destruir os valores do mundo ocidental, erigir uma nova ordem mundial.
Não nos enganemos. Por aqui, também, os terroristas são capazes de matar, para impor os seus objetivos, o seu novo mundo aos recalcitrantes. Já mataram.”