Procurador do caso Adélio descarta mandante e defende PF

Da Folha:
Em sua cruzada para que seja encontrado um mandante para a facada que recebeu de Adélio Bispo em 2018, Jair Bolsonaro terá que contornar o Ministério Público Federal caso queira seguir nessa trilha. Responsável pela investigação, o procurador Marcelo Medina, do MPF em Juiz de Fora (MG), afirma que não existe qualquer indício de que alguém tenha encomendado o crime. Mais do que isso, diz que nem o presidente tem mais ideias sobre para onde a apuração deve ir.
“Tanto não há falta de empenho que não há diligências pendentes indicadas pela banca de advocacia do presidente”, diz Medina. Ao longo da investigação, diligências foram sugeridas pelos advogados e, então, executadas. Mas hoje não há pistas para chegar nesse mandante procurado por Bolsonaro.
A insinuação do presidente de que teria faltado empenho da PF não é corroborada por Medina.
“Tivemos acesso a todas as contas de e-mail, a todas as mensagens do Facebook e das demais redes sociais, a todas as mensagens e ligações, ao histórico de ligações de todos os chips que foram usados por ele nos últimos anos, buscando estabelecer correlação com possíveis interessados no homicídio do presidente”, afirma. A devassa não mostrou qualquer traço de informação sobre outro possível envolvido no crime.
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