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Procuradoria nega arquivamento de inquérito eleitoral aberto há dois anos contra Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

De Italo Nogueira na Folha de S.Paulo.

O Ministério Público Federal decidiu nesta segunda-feira (17) impedir o arquivamento do inquérito eleitoral aberto há mais de dois anos contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Ele é investigado sob a suspeita de falsidade ideológica eleitoral, por ter omitido bens e atribuído valores distintos a um mesmo imóvel em declarações de bens entregues à Justiça Eleitoral em 2014 e 2016.

A 2ª Câmara Criminal de Revisão do MPF discordou da posição do Ministério Público do Rio de Janeiro de que não havia elementos que indicassem o cometimento de crime eleitoral pelo senador. O caso foi enviado ao colegiado por determinação do juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo inquérito na Justiça Eleitoral.

A investigação será devolvida ao MP-RJ a fim de que a apuração seja concluída.

O inquérito eleitoral foi aberto em fevereiro de 2018 após denúncia-crime do advogado Eliezer Gomes da Silva com base em reportagem da Folha de janeiro daquele ano. O jornal apontou a evolução patrimonial de Jair Bolsonaro e de seus filhos políticos Carlos (vereador), Eduardo (deputado federal) e Flávio (à época, deputado estadual).

Em 2014, quando disputou uma cadeira na Assembleia do Rio, ele atribuiu o valor de R$ 565 mil a uma cobertura em Laranjeiras. Dois anos depois, ela apareceu em sua declaração de bens valendo R$ 423 mil.

Documentos da transação mostram que o valor total do imóvel é de R$ 1,7 milhão, adquirido por Flávio e a mulher, Fernanda, donos cada um de uma metade do imóvel. Eles financiaram a compra da cobertura.

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