Professora presa por engano desabafa após 8 dias na cadeia: “Cheiro impregnado na gente”

Após oito dias presa injustamente, a professora Samara de Araújo Oliveira, de 23 anos, foi solta do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, Rio de Janeiro, ao conseguir comprovar uma série de erros em uma investigação sobre um caso de extorsão na Paraíba, ocorrido em 2010, quando Samara tinha apenas 10 anos.
Antes de seguir para sua casa em Rio Bonito, o pai fez uma parada para que ela trocasse de roupa e se livrasse do “de cadeia que fica impregnado na gente”. “Quero limpar o meu nome e me formar em matemática. Nunca imaginei passar por uma prisão na vida. Quero tentar fazer algo por aquelas mulheres que estão lá”, afirmou em relato publicado pelo jornal O Globo.
Ao deixar a prisão, Samara estava visivelmente abatida, três quilos mais magra e com olheiras profundas. Após os dias de detenção, ela entrou no carro do pai, Simário Santana de Oliveira, sem proferir palavras e demonstrando emoção.
A professora também contou que a situação vivida era desesperadora: “Nunca peguei nada de ninguém, sempre trabalhei, tentei fazer a coisa certa. Então, por que eu estava presa? Eu só chorava, mas não estava sozinha. Todas nós chorávamos lá dentro. É muito ruim a falta de informação e saber que fui presa injustamente”.
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