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Promotor diz que médico fingiu estar abalado e avisou amante sobre morte da esposa

O médico Luiz Antonio Garnica e a esposa Larissa Rodrigues — Foto: Arquivo pessoal

O médico Luiz Antônio Garnica foi preso por suspeita de ser o mandante da morte da esposa, Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto (SP). Segundo o Ministério Público, ele avisou a amante sobre a morte 15 minutos antes da constatação oficial do óbito, em março. A investigação aponta que a vítima foi envenenada com chumbinho. Mesmo já sabendo que Larissa estava morta, Garnica simulou uma tentativa de reanimação diante da equipe do Samu.

A mãe do médico, Elizabete Arrabaça, também foi presa, suspeita de ter executado o crime ao dar o veneno à vítima. Na noite anterior à morte, ela esteve com Larissa, enquanto o filho estava no cinema com a amante. Segundo a Polícia Civil e o MP, o crime foi motivado por interesses financeiros, e a carta escrita por Elizabete, já presa, admite que houve envenenamento, mas afirma que foi acidental. Elizabete também é investigada pela morte da filha, Nathália Garnica, ocorrida um mês antes, com o mesmo veneno.

Laudos apontaram que Larissa teve lesões no pulmão e no coração, sem sinais de violência. Nathália, cunhada da vítima, morreu de infarto aos 42 anos, mas uma exumação concluiu que ela também foi envenenada com chumbinho. Luiz e Elizabete foram indiciados por homicídio doloso qualificado por feminicídio e uso de meio cruel. O Ministério Público deve apresentar denúncia à Justiça nos próximos dias.