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Promotoria mira sonegação de R$ 400 mi e vê ‘confusão empresarial’ entre MBL e MRL

Operação Juno Moneta realiza buscas em seis endereços, cinco em São Paulo e um em Bragança Paulista. Foto: Receita Federal

Do Estadão:

O Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil e a Receita Federal realizam na manhã desta sexta, 10, a operação Juno Moneta para investigar suposta sonegação fiscal de mais de R$ 400 milhões e também apurar suposta ‘confusão empresarial’ entre o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento Renovação Liberal (MRL). Segundo a Promotoria, duas pessoas com ‘estreitas ligações’ com os movimentos foram presas – Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, vulgo Luciano Ayan.

“As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas”, indicou o MP-SP em nota. A operação é realizada pelos promotores do Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec), que cumprem ainda mandados de busca e apreensão seis endereços ligados ‘às empresas envolvidas na investigação sobre prática de crimes de lavagem de dinheiro’.

A  investigação é conduzida pelo promotor Marcelo Mendroni. Com relação às buscas o MP-SP indicou que foram apreendidas diversas mídias digitais, entre celulares, computadores, HDs e pendrives, além de documentos impressos e dinheiro. “Foram encontradas e não apreendidas drogas (maconha) interpretadas para uso pessoal”, registrou ainda a nota da Promotoria.

Segundo a Receita, as ações ocorrem em São Paulo e em Bragança Paulista, onde um mandado de busca é cumprido. Além de apurarem suposta ‘confusão empresarial’ entre o MBL e o MRL, os investigadores também se debruçam sobre ‘recebimento suspeito de doações online’. Segundo o Gedec, foi identificado o recebimento de doações através da plataforma Google Pagamentos – ‘que desconta 30% do valor, ao invés de doações diretas na conta do MBL/MRL’.

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