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PT abre diálogo com militares, agro e indústria graças a favoritismo de Lula

PT abre diálogo com militares, agro e indústria graças a favoritismo de Lula
Presidente Luz Inácio Lula da Silva (PT) durante discurso.
Foto: Reprodução

Líder nas pesquisas de intenções de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT têm investido para se reaproximar da indústria, do agronegócio e dos militares, setores que, nos últimos anos, estiveram ao lado da gestão de Bolsonaro. No entanto, muitos não tratam o assunto em público.

Ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), Lula tem participado de reuniões e encontros para ouvir ideias, demandas e insatisfações do setor em relação ao governo. O que se espera no partido agora é uma consolidação dessa interlocução.

Uma das principais demandas do agronegócio é a redução do custo de produção, que passa pela retração do dólar e do valor do diesel. Em alinhamento com as propostas de desenvolvimento sustentável que a campanha tem debatido, por influência da Rede e do PV, a questão do chamado crédito verde, com queda de juros para produtores agrícolas sustentáveis.

Na última sexta (22), o deputado Neri Geller (PP-MT), o senador Carlos Favaro (PSD-MT) e o empresário Carlos Agostin, do setor de grãos, estiveram com Alckmin e com o ex-ministro Aloízio Mercadante (PT) em São Paulo. Já  para os representantes da indústria, o principal ponto é reverter o processo de desindustrialização, acelerado desde 2015. Empresários das áreas têxtil, química e metalúrgica, demandam incentivos públicos.

Outra questão mencionada é demanda pela melhora da imagem nacional no mercado mundial. Para os empresários insatisfeitos, as notícias relacionadas à instabilidade política só prejudicam o país no exterior e ajudam a acentuar a instabilidade econômica.

A retomada de diálogo com o PT não é admitida publicamente por militares. A ordem interna é manter a discrição, com base na avaliação de que a o politização das Forças Armadas, independentemente da posição no espectro partidário, provoca desgaste da imagem dos militares. O entendimento é que expor eventuais conversas com a campanha de Lula poderia ser interpretado de maneira equivocada tanto entre petistas como entre bolsonaristas.

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