Do UOL:
O líder do PT na Câmara, Bohn Gass (RS), e o correligionário Paulo Teixeira (SP) entraram com duas representações, sendo uma no MPF (Ministério Público Federal) e outra no TCU (Tribunal de Contas da União), contra o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o ministro da Justiça, Anderson Torres, por conta da licitação promovida pela pasta para a contratação de um aparelho espião pelo governo.
A interferência do filho “02” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no pregão eletrônico de nº 3/21 foi revelada pelo UOL. Segundo fontes ouvidas pelo portal, o político carioca tenta usar a estrutura do Ministério da Justiça para expandir uma “Abin paralela”. Segundo os deputados, Carlos também é o responsável por comandar o chamado “gabinete do ódio”. “(Carlos Bolsonaro) Instalou-se num gabinete do 3º andar do Palácio do Planalto e dali vem comandando diretamente o denominado “gabinete do ódio”, que agora ele tenta fortalecer com a aquisição do referido sistema, criando a sua própria Abin paralela”, diz os ofícios enviados.
Ao se referirem ao sistema Pegasus, ferramenta israelense de espionagem e que constou no processo de instrução do edital, os parlamentares escreveram no pedido que “a quebra de sigilo digital dos cidadãos”, sem autorização judicial, configura “uma grande ameaça aos brasileiros e às instituições”. “Trata-se, sem meias palavras, além de uma aquisição desnecessária, quando confrontada com as prioridades sanitárias do país, da institucionalização da espionagem ou arapongagem criminosa no Brasil, num momento em que se acirra, como se verá adiante, a disseminação do ódio”, ressaltam.
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