Em coletiva em São Paulo na sexta, 17, em que anunciou o novo tesoureiro Mário Macedo, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido pretende abolir a doação de empresas privadas. “Os diretórios não mais vão receber essas doações. A maneira como isso será feito só saberemos depois do congresso nacional, em junho.”
Falcão afirmou que o PT deseja estimular as doações de pessoas físicas a partir de 15 reais. “Qualquer um com simpatia poderá doar”, declarou. “Vamos fazer uma busca ativa por esses nomes. Teremos de pesquisar quem der acima de mil reais, como determina a lei”.
“O fato de deixar de receber contribuição empresarial não significa que as que foram feitas até hoje têm qualquer tipo de mácula”, continuou.
Ele também apresentou um documento de sete páginas desaprovando a condução das investigações da Operação Lava Jato.
O texto é de autoria coletiva, mas Falcão assume a responsabilidade por ele. “O PT é algo da mais feroz campanha de desmoralização já lançada contra um partido”, lê-se.
Há espaço para uma autocrítica. “Não podemos ignorar que nossas falhas e insuficiências políticas também contribuíram para desgastar a imagem do partido, que passou a ser visto por muitos como uma legenda igual às outras, em descompasso com a sua historia profundamente inovadora e com as expectativas que sempre despertamos na sociedade”.
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