Pujol, do Exército, reúne alta cúpula das Forças Armadas para discutir crise aberta com demissão

Da Folha:
A cúpula do Exército ficou surpresa com a queda a jato do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, considerou anormal o que ocorreu e vem manifestando preocupação com possibilidade de demissão do comandante da Força, general Edson Leal Pujol. Se isso ocorrer, seria algo sem precedentes desde a redemocratização, segundo percepção de generais ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato. Eles não esperam que o comandante peça demissão ou seja demitido.
Pujol convocou uma reunião virtual com o alto comando do Exército para o início da noite desta segunda-feira (29). Ele deve explicar os próximos passos diante da crise aberta com a demissão de Azevedo, general da reserva do Exército. Antes, Pujol reuniu-se com os comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antonio Bermudez, e da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior.
A nomeação ao cargo de comandante é uma atribuição do presidente da República. Mesmo assim, os militares entendem que o cargo é de natureza eminentemente técnica, e não política. A tradição é o envio de uma lista tríplice ao presidente, com os nomes dos três generais quatro estrelas mais antigos na ativa. O normal é uma troca de um mandato presidencial para outro.
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