Putin telefona a Obama para discutir proposta americana sobre a Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, telefonou para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta sexta-feira, para discutir uma proposta diplomática dos EUA para a Ucrânia, e Obama disse que a Rússia tem que recuar suas tropas e não entrar mais para o interior do território da Ucrânia, afirmou a Casa Branca.
Acreditava-se que essa tenha sido a primeira conversa direta entre Obama e Putin desde que os Estados Unidos e seus aliados europeus começaram a impor sanções ao círculo mais próximo de Putin e ameaçaram estabelecer restrições a setores-chave da economia da Rússia.
O aumento das tropas russas perto de Ucrânia levou o total das forças da Rússia na fronteira a cerca de 40.000 soldados, segundo estimaram autoridades dos EUA nesta sexta-feira, em uma concentração que nos últimos dias tem cada vez mais preocupado o governo norte-americano.
A Casa Branca observou com ênfase que foi Putin quem telefonou a Obama, que está concluindo na Arábia Saudita uma viagem por quatro nações e tinha acabado de voltar para o hotel em Riad, após conversas com o rei Abdullah.
Putin telefonou a Obama para discutir uma proposta dos EUA para uma solução diplomática da crise na Ucrânia, que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, apresentara novamente ao ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em uma reunião em Haia, no início da semana.
Os Estados Unidos vêm pressionando a Rússia para que recue suas tropas para suas bases da Crimeia e concorde em negociar com o governo ucraniano, com mediação internacional. Monitores internacionais iriam para a Ucrânia garantir que a minoria russa étnica está segura.
“O presidente Obama sugeriu que a Rússia apresente uma resposta concreta por escrito e os presidentes concordaram que Kerry e Lavrov se reunirão para discutir os próximos passos”, disse a Casa Branca.
Um alto funcionário do governo Obama descreveu o telefonema como “franco e direto” e disse que o próximo passo é o acompanhamento das conversas entre Kerry-Lavrov para ver se os russos estão sendo sérios quanto à diplomacia.
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