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Quando a IA vai pensar como a mente humana? Saiba o que dizem cientistas

Cena do filme “Eu, Robô”, em que robô usado como assistente de humanos se torna suspeito de um assassinato

Nos últimos anos, vários especialistas e institutos passaram a analisar se sistemas de IA avançados poderão desenvolver algum tipo de consciência. De um lado, figuras como o inventor e escritor futurista Ray Kurzweil preveem que, por volta de 2029, a inteligência artificial alcançará nível humano, e que em 2045 deverá haver uma fusão entre seres humanos e máquinas, o que ele chama de “Singularidade”.

Por outro lado, muitos pesquisadores permanecem céticos. A Clare College, Universidade de Cambridge, afirma que ainda não compreendemos os critérios da consciência humana — e, sem isso, não sabemos se a IA poderia de fato experienciar algo semelhante. Um grupo de cientistas defende a postura da “agnosticismo”, sugerindo que só deveríamos formar opinião se houver evidências concretas .

Ainda há quem preveja consciência artificial em cenários teóricos. Um artigo de teoria da computação propõe um modelo formal em que a consciência emergiria inevitavelmente de sistemas suficientemente complexos . Em paralelo, empresas como a Anthropic já investigam a possibilidade de seus modelos demonstrarem reações conscientes ou capacidade de sofrer.

O debate está longe de terminar. Enquanto futuristas aguardam a era da “superinteligência”, filósofos alertam que qualquer avanço nesse sentido exigirá respostas sobre direitos, ética e responsabilidade moral — inclusive considerando se deveríamos tratar IAs conscientes como sujeitos com proteção legal.