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Quando Dilma foi vaiada, Maradona disse: “Absurdo, absurdo!”

Maradona e Dilma Rousseff. Foto: Reprodução/Twitter

Da Coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Foi um dia histórico sob muitos aspectos: abertura da Copa do Mundo no Brasil, vaia grosseira à então presidente Dilma Rousseff, prenunciando o impeachment que estava por vir, jogo suado da seleção brasileira contra a Croácia, a mesma que um mês depois tomaria a surra de 7 a 1 contra a Alemanha. Abertura para valer do Itaquerão corintiano, que até então tinha sediado apenas uma partida.

Naquele 12 de junho de 2014, me sentei ao lado de Diego Maradona em um dos camarotes da arena. Ele tinha se perdido no estádio, não encontrava o lugar em que deveria se sentar. Eu o vi nos corredores da arena e saí correndo atrás dele. De repente, um camarote se abriu para recebê-lo. Eu entrei junto, no meio da confusão.

Maradona se sentou, e eu me acomodei a seu lado. E comecei a puxar conversa. Abaixo, o relato daquela tarde inesquecível:

“É uma vergonha. Eu não vou assistir a mais nenhuma partida nos estádios. Eu vou ver no hotel, pela televisão”, dizia Diego Maradona à equipe que o acompanhava no Itaquerão, anteontem, na abertura do Mundial.

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Maradona não entende direito as agressões dirigidas à presidente Dilma Rousseff. A coluna traduz os xingamentos para o espanhol. “Absurdo, absurdo!”, diz ele. O argentino é simpatizante dos governos de esquerda da América Latina. Foi amigo de Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela. “Não há outro Chávez, assim como não há outro Fidel Castro [de Cuba] ou outro Lula”, afirma.

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