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Quarto suspeito da morte de Dom e Bruno se entrega e PF diz que é possível ter um mandante

Gabriel Dantas, quarto suspeito da morte de Dom e Bruno
Foto por: PCSP/DIVULGAÇÃO

O superintendente Eduardo Fontes, da Polícia Federal (PF) no Amazonas, disse em reportagem ao Jornal Nacional, divulgada na noite de quinta-feira (23), que não descarta um envolvimento de um mandante na morte do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

“É possível ter um mandante. A investigação ainda está em andamento, mas a gente está apurando tudo e nós não vamos deixar nenhuma linha investigativa de lado e vamos apurar de forma técnica e segura para dizer o que efetivamente aconteceu e o que não aconteceu”, explicou Eduardo

No dia 17 de junho, a PF divulgou que as investigações sobre a morte de Bruno e Dom apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. A nota divulgada pelo comitê de crise, coordenado pela PF, falou que a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas as investigações “apontam que os executores agiram sozinhos”.

A polícia localizou a lancha, no domingo (19), no fundo do rio Itacoaí. Na manhã de ontem, os peritos foram até o galpão onde a lancha está guardada, em Atalaia de Norte. Além do casco da embarcação, foram analisados o motor e galões de gasolina. A embarcação estava a cerca de 20 metros de profundidade, emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação, a uma distância de 30 metros da margem direita do rio.

Os peritos vão tentar identificar vestígios de sangue, amassados e marcas de tiro na embarcação para refazer a dinâmica do crime. O laudo deve sair em ate 30 dias.

Em Brasília, a perícia liberou os corpos de Bruno e Dom para os familiares. O avião com os corpos ao Rio de Janeiro no fim da tarde de quinta-feira. Familiares estavam à espera. A cremação acontecerá no domingo (26/06).

O quarto suspeito se apresentou a polícia em uma delegacia de São Paulo. Gabriel Pereira Dantas  afirmou que participou dos assassinatos, juntamente com Amarildo da Costa de Oliveira, o irmão dele, Oseney, e Jefferson da Silva Lima, que estão presos. A Justiça de São Paulo mandou o pedido de prisão da polícia para ser avaliado pela juíza responsável pela condução do caso, em Atalaia do Norte.

A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal e tráfico de drogas na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: desmatamento e avanço do garimpo.

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