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Quase metade dos brasileiros complementam renda com “bico”, diz pesquisa

Dinheiro Brasileiro
Foto por: Reprodução

Quase metade dos brasileiros com 16 anos de idade ou mais, para complementar sua renda, precisaram fazer atividades extras nos últimos 12 meses. A necessidade de realizar bicos foi relatada por 45% dos entrevistados em uma pesquisa amostral conduzida pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), empresa fundada por executivos que respondiam pelo extinto Ibope Inteligência (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística).

A maior parte dos bicos relatados está relacionada com serviços: 33% dos entrevistados disseram ter complementado sua renda com serviços de manutenção, de beleza, de segurança, de motorista, de entregas por aplicativos ou ainda com trabalhos domésticos de faxina, de babá, de aulas particulares e de cuidados com idosos e animais. Outros 28% informaram que levantaram recursos para contornar dificuldades econômicas vendendo mercadorias, incluindo alimentos preparados em casa, objetos artesanais confeccionados manualmente, roupas e artigos usados, cosméticos e produtos de beleza ou produtos em geral, voltados para o comércio ambulante. Alguns entrevistados relataram obter renda adicional com mais de uma dessas atividades.

O levantamento, divulgado na quarta-feira (10/08), foi encomendado pelo ICS (Instituto Cidades Sustentáveis), uma organização não governamental que desenvolve iniciativas com foco no combate às desigualdades, na promoção dos direitos humanos, na participação social e na defesa do meio ambiente.

A pesquisa busca identificar a percepção da população sobre diversos tipos de preconceito. Do total de entrevistados, 74% apontam locais onde brancos e negros são atendidos de forma diferente. Essa situação foi associada principalmente aos shoppings e estabelecimentos comerciais, às escolas e universidades e aos ambientes de trabalho. Episódios de preconceito racial em alguns desses espaços foram relatados por mais de 35% dos entrevistados.

A pesquisa foi feita para coletar dados da percepção da população sobre questões sociais, raciais, de gênero e de orientação sexual. De 1º a 5 de abril, foram entrevistadas 2.000 pessoas em 128 municípios espalhados por todas as regiões do território nacional.

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