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Quatro brasileiras são eleitas para cargos políticos em Massachusetts, nos EUA

Rita Mendes (E), eleita para a Câmara Municipal de Brockton, e Stephanie Martins, agora vereadora em Everett (Imagem: reprodução redes sociais)

Do jornal O Globo:

Quatro mulheres nascidas no Brasil foram eleitas para cargos políticos nas eleições municipais desta terça-feira em Massachusetts, três delas para como vereadoras e uma para membro do conselho escolar.

Elas são imigrantes vindas de Minas Gerais e de Goiás, a maioria quando crianças.

Hoje representam a comunidade de imigrantes no estado, que tem a maior concentração de brasileiros dos Estados Unidos — são cerca de 350 mil , de acordo com números do Itamaraty. As cidades com maior número de cidadãos registrados são Framingham, Everett, Boston, Malden e Sommerville.

Aos 35 anos, a vereadora Rita Mendes conta orgulhosa que foi a mulher mais votada na cidade de Brockton.

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— Quando eu comecei, muita gente dizia que era impossível, porque eu sou brasileira, e eu moro numa cidade que tem muito poucos brasileiros. Eu realmente tive que pegar os votos dos americanos. Estou me sentindo muito honrada.

Outra brasileira a sair vitoriosa das urnas foi Margareth Shepard, que garantiu seu assento na Câmara dos Vereadores de Framingham, a cidade com maior porcentagem de brasileiros em Massachusetts — cerca de 10% da população.

Margareth não é novata: em 2017, ela foi a primeira brasileira a ser eleita vereadora nos Estados Unidos. Agora, recebeu das urnas mais um mandato.

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A mineira Priscila Sousa foi eleita para o comitê de escolas da cidade de Framingham. Nascida em Ipatinga (MG), veio para os Estados Unidos com os pais aos sete anos, em 1995. Foi eleita prometendo lutar para dar melhor educação a crianças com necessidades especiais, sobretudo filhos de imigrantes. Ela já havia concorrido à prefeitura de Framingham em 2017 e diz que os brasileiros estão ganhando espaço na política local: há dois anos, eram cinco candidatos, com dois vitoriosos. Agora, foram cinco candidatos e todos tiveram sucesso.

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Stephanie já havia concorrido à prefeitura da cidade em 2017, mas acabou perdendo para um candidato que a acusava de ter uma plataforma pró-imigrante e de querer transformar Everett em uma cidade santuário – cidades americanas onde leis federais anti-imigração não são aplicadas.

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