Quem é Alberto Fraga, aliado de Bolsonaro condenado por corrupção que foi ventilado para o governo
De
Na manhã desta quarta-feira (31), o nome Alberto Fraga chegou ao topo dos trending topics, os assuntos mais falados do Twitter.
Fraga é deputado federal pelo DEM do Distrito Federal e tentou o governo do estado na última eleição, mas obteve apenas 5,88% dos votos.
Ele é coronel da reserva da Polícia Militar e lidera a Frente Parlamentar da Segurança Pública, a chamada “bancada da bala”, que pretende relaxar os critérios para posse de arma de fogo.
(…)
Durante toda a campanha, Bolsonaro prometeu tolerância zero com a corrupção e que faria uma equipe de primeiro escalão definida por critérios técnicos e não políticos.
Fraga não foi anunciado como ministro; o governo Bolsonaro tem quatro ministros confirmados oficialmente.
São eles o astronauta Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o economista Paulo Guedes no superministério da Economia, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM) como ministro da Casa Civil e o General Augusto Heleno como ministro da Defesa.
(…)
Em setembro de 2018, Fraga foi condenado a quatro anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto sob a acusação de pedir (e receber) 350 mil reais em propina para firmar um contrato entre a cooperativa de ônibus Coopertran e o governo. A decisão é de primeiro instância e cabe recurso.
Na época do ocorrido, em 2008, Fraga era secretário de Transportes do governo José Roberto Arruda, que se tornaria em 2010 o primeiro governador preso no Brasil no exercício do mandato.
A TV Globo divulgou gravações em que Fraga supostamente reclama do valor baixo da propina.
Na campanha para governador, Fraga atacou o juiz que o condenou: “Fui condenado, sim, por um juiz ativista do LGBT [sic]. Dizem para eu não falar isso, mas eu tenho que falar… porque deve ser por isso que houve essa pressa de condenar.”
(…)
Em março, Fraga se envolveu com outra controvérsia ao publicar em sua conta no Twitter que a vereadora assassinada Marielle Franco teria sido casada com o traficante Marcinho VP, era usuária de drogas e teria sido eleita com apoio do Comando Vermelho.
Ele depois apagou a mensagem. Em entrevista à Rede Globo, Fraga admitiu que errou por não checar a veracidade das informações publicadas em sua página.
(…)