“Quem governa é a presidenta, não é o ministro”, diz Gilberto Carvalho
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse entender as críticas de seu partido, o PT, a Joaquim Levy, escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o Ministério da Fazenda, mas afirmou que as diretrizes não cabem ao ministro.
“Tem que ser uma coisa muito clara isso: quem governa é a presidenta, não é o ministro. O ministro não tem autonomia para fazer uma política própria. Ele faz uma política dirigida pela presidenta, discutida com a presidenta e resolvida pela presidenta”, afirmou Carvalho.
O ministro tratou de reduzir a importância dos nomes que ocuparão o primeiro escalão em 2015 e afirmou que ao partido interessam as diretrizes do governo reeleito em outubro.
Nesta quinta-feira (27), o Palácio do Planalto confirmou os nomes dos novos titulares da área econômica do governo.
O engenheiro naval Joaquim Levy vai comandar o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa assumirá a pasta do Planejamento, como antecipou Vera Magalhães, editora do ‘Painel’. Eles ocuparão os cargos de Guido Mantega e Miriam Belchior, respectivamente.
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Alexandre Tombini convidado a permanecer no cargo.
“Essa história de nomes, assim, ou assado, conta muito pouco. Ainda mais com o perfil da presidenta, que é uma pessoa muito cônscia do que quer fazer e com decisões muito claras. Não vejo razões para críticas. Compreendo porque as pessoas tem o direito de se expressar, mas não vejo razão pra isso” disse Carvalho, para completar em seguida:
“O que vai determinar o respeito a essa militância são os sinais concretos que o governo emitir a partir de janeiro, no sentido da continuidade das políticas sociais, do crescimento com distribuição de renda, da valorização do salário mínimo, daquilo que tem sido a espinha dorsal do nosso governo.”