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Quem manda no governo Bolsonaro são as redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada – Sérgio Lima/AFP

De Gustavo Uribe e Ricardo Della Coletta na Folha de S.Paulo.

Em um início de ano turbulento, marcado por crises políticas e tropeços administrativos, o presidente Jair Bolsonaro tomou decisões e recuou de algumas delas com base na reação de redes sociais. Assim, buscou evitar perder apoio junto ao eleitorado bolsonarista.

Sob críticas até mesmo de militantes de direita, motivadas pela viagem de um auxiliar presidencial em avião da FAB e pela discordância pública com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, Bolsonaro intensificou o monitoramento dos canais digitais e os usou como bússola do governo.

As posições adotadas por ele, que tentou evitar a todo o custo uma deterioração de sua base de apoio, contrariaram até mesmo recomendações de assessores e o levaram a protagonizar recuos públicos em janeiro.

Como quando desistiu de recriar o Ministério da Segurança Pública, desvinculando-o da pasta da Justiça, e de conceder um novo cargo ao secretário-executivo da Casa Civil Vicente Santini, demitido por usar um voo exclusivo da FAB para a Índia.

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