Quem não deve tomar vacina da febre amarela – e como se proteger
Em meio ao avanço do risco de febre amarela, o governo federal iniciou uma campanha emergencial de vacinação com o objetivo de imunizar cerca de 20,6 milhões de pessoas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, novas áreas de concentração da doença, entre janeiro e março.
No entanto, diferentes grupos – como gestantes, idosos, pessoas em quimioterapia e em determinados tratamentos de saúde – não devem receber a vacina por causa dos riscos de reações graves.
Para esses indivíduos, a orientação é evitar picadas de mosquitos por meio do uso de camisas de mangas longas e calças compridas, mosquiteiros e repelentes – grávidas e mães de recém-nascidos, contudo, devem buscar orientação sobre possíveis reações alérgicas a essas substâncias. Se possível, é recomendado ainda buscar telas antimosquitos para os cômodos da casa.
A febre amarela causa sintomas como dor de cabeça, febre baixa, fraqueza e vômitos, dores musculares e nas articulações. Em sua fase mais grave, pode causar inflamação no fígado e nos rins, sangramentos na pele e levar à morte. Nos últimos dez anos, segundo o Ministério da Saúde, a doença foi fatal em 46% do casos. No entanto, a chance de morrer em formas graves da doença chega perto de 100%.
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em determinados grupos de pacientes, como aqueles que estão com o sistema imunológico debilitado ou que têm alergias a elementos do ovo, a imunização pode causar problemas graves.
Esses efeitos ocorrem porque o imunizante contra a febre amarela possui o vírus vivo atenuado, que desaparece do organismo três semanas após a vacinação, em média.
1 – Doadores de sangue
Pessoas que pretendem doar sangue devem esperar 30 dias após a vacinação para o procedimento.
O objetivo é evitar que o vírus vivo inoculado, circulante na corrente sanguínea do doador durante as três primeiras semanas após a vacinação, não acabe em um paciente que esteja com o sistema imunológico debilitado e cause reações adversas.
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2 – Gestantes e mulheres que amamentam
Grávidas e mulheres que estejam amamentando um bebê com menos de seis meses devem buscar orientação médica antes de tomar a vacina. A cautela é para evitar a possibilidade de reações alérgicas graves.
A orientação geral é que essas mulheres só sejam imunizadas se estiverem em área de risco de transmissão da doença.
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3 – Bebês com menos de 9 meses
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação apenas para os bebês acima de nove meses de idade. Para aqueles em áreas de alto risco da doença, a recomendação é a partir dos seis meses.
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4 – Idosos acima de 60 anos
Atualmente, a vacina está recomendada para aqueles entre nove meses e 59 anos de idade.
Idosos acima dessa faixa etária precisam passar pelo médico para avaliar o estado do sistema imunológico e se o risco de serem contaminados pela doença é alto ou não.
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5 – Pessoas com doenças autoimunes
Pacientes em radioterapia, quimioterapia ou fazendo uso de corticoide, portadores de doenças autoimunes, como lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide, são contraindicados a receber a vacina.
Como estão com o sistema imunológico suprimido pelas condições citadas acima, a vacina contra a febre amarela – assim como de outras em que há o vírus vivo atenuado, como caxumba, varicela, catapora – pode trazer efeitos colaterais graves.
6 – Diabéticos
Diabéticos com os níveis de glicemia controlados não têm contraindicação para a vacina.