R$ 3 bilhões em reforços: como o Al-Hilal montou time imbatível e virou ameaça no Mundial

O Al-Hilal, da Arábia Saudita, investiu cerca de R$ 3 bilhões em contratações nos últimos dois anos e chega ao Mundial de Clubes como uma das maiores potências do torneio. Após eliminar o Manchester City por 4 a 3, o clube saudita se tornou o próximo adversário do Fluminense nas quartas de final. O time foi impulsionado pelos recursos do Fundo de Investimento Público saudita, responsável por 75% do controle acionário desde 2023, e montou um elenco recheado de estrelas internacionais.
Entre os reforços mais caros estão Neymar, contratado por 90 milhões de euros, e Malcom, por 60 milhões, além de nomes como Rúben Neves, Milinkovic-Savic e Mitrovic. Na comissão técnica, o clube também não economizou: após a saída de Jorge Jesus, trouxe Simone Inzaghi, ex-Inter de Milão, com um salário anual de 26 milhões de euros. Mesmo com Neymar fora do torneio e Mitrovic lesionado, o Al-Hilal mantém forte presença ofensiva com o brasileiro Marcos Leonardo, artilheiro da equipe no Mundial.
O estilo de jogo da equipe mudou com Inzaghi. A pressão alta de Jorge Jesus foi substituída por uma alternância tática entre compactação defensiva e transições rápidas, com ligações diretas para surpreender os adversários. Foi assim que dois dos sete gols do time no torneio foram marcados. Mesmo com estrelas como Koulibaly e Rúben Neves, a defesa ainda mostra falhas e depende das boas atuações do goleiro Bono, destaque na campanha.
Para o Fluminense, o duelo representa um enorme desafio tático e físico. A equipe carioca precisará neutralizar os ataques rápidos e explorar os erros defensivos do rival. O técnico Renato Gaúcho terá especial atenção aos movimentos de Malcom, Marcos Leonardo e Milinkovic-Savic, peças-chave no sistema ofensivo saudita. A ausência do craque Salem Al-Dawsari por lesão é uma das poucas boas notícias para o Tricolor.