R$ 720 mil: médica sofre a maior condenação por fraude em cota racial da história

A médica Mariana Barbosa Lobo foi condenada a pagar R$ 720 mil após decisão da Justiça Federal que reconheceu fraude no uso de cotas raciais para ingresso no curso de Medicina da Unirio. Segundo a Educafro, trata-se da maior indenização já estabelecida no país em casos do tipo. A estudante entrou na universidade em 2018 ocupando vaga destinada a candidatos pretos, pardos e indígenas. Com informações do jornal O Globo.
A irregularidade foi identificada em 2021, mas a 21ª Vara Federal do Rio de Janeiro manteve a matrícula de Mariana, permitindo sua formatura em fevereiro de 2024. Além da indenização, que será paga em 100 parcelas a partir de janeiro de 2026, a decisão determina que ela participe integralmente do curso de letramento racial da Unirio, com entrega obrigatória de todos os trabalhos.
O valor será destinado à própria universidade, para custear o curso de letramento racial e financiar bolsas permanência para estudantes negros de Medicina. O Ministério Público Federal acompanhará o processo para fiscalizar o cumprimento das obrigações impostas à instituição e à médica apontada pela decisão como responsável pela fraude.
