Recém-empossado, Governo Milei é reprovado por 55% dos argentinos

Javier Milei conquistou 55,7% dos votos no segundo turno para presidente e aproveitou essa vitória para implementar medidas impopulares nas primeiras três semanas de seu mandato. No entanto, a consultoria Zuban-Córdoba já registra uma queda consistente no apoio ao presidente de extrema direita. Segundo a pesquisa, Milei perdeu 1% de apoio por dia de gestão, atingindo 55,5% de reprovação, em comparação com 44,1% de apoio popular.
Além disso, a pesquisa também avaliou o impacto do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) anunciado pelo presidente na semana passada. Embora Milei tenha mencionado a possibilidade de convocar uma consulta popular não vinculativa se o DNU fosse rejeitado pelo Congresso, a pesquisa mostra números diferentes. Cerca de 56,1% consideram o DNU “inconstitucional e deveriam ser revogados pelo Congresso ou pela Justiça”. Em contraste com as afirmações de Milei, apenas 39,8% acreditam que o DNU “deveria entrar em vigor”.
Gustavo Córdoba, diretor do instituto de pesquisas, divulgou resultados impactantes da última medição, revelando que 54,3% dos entrevistados acreditam que o país está “indo na direção errada”, enquanto 43,5% pensam o contrário, indicando que o país está “indo na direção certa”. Apenas 2,2% permanecem neutros, apesar do impacto econômico e social das primeiras medidas.
A aprovação do governo anarcocapitalista em suas primeiras três semanas também foi avaliada. 51,9% dos entrevistados “desaprovam totalmente”, enquanto apenas 38,6% “aprovam totalmente”. Detalhando mais, a pesquisa revelou que apenas um terço da população acredita que “o ajuste de Milei está sendo pago pela elite”, e cerca de 70% acreditam que “as pessoas estão pagando por isso”. Além disso, aproximadamente 60% acreditam que o DNU beneficia “um grupo de empresas” e não “as pessoas comuns”.
A pesquisa também revelou a percepção sobre o futuro do país em um ano. A nível nacional, 52,9% consideram que será “ruim”, enquanto a perspectiva pessoal é mais otimista, com 41,2% prevendo que será “ruim” e apenas 29,7% acreditando que será “bom”.