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Reinaldo Azevedo diz que ministro da Educação tem de ser punido por homofobia

Milton Ribeiro, novo ministro da Educação — Foto: Divulgação/Igreja Presbiteriana Jardim de Oração

Da UOL:

Por Reinaldo Azevedo

Este escriba é autor de uma frase que merece, creio, reflexão. Quem não sabe a diferença entre crime e liberdade de expressão acaba confundindo liberdade de expressão com crime. E, por óbvio, toma a democracia que pune o preconceito como uma manifestação de autoritarismo, reivindicando que seu autoritarismo seja uma das manifestações da democracia.

É precisamente o que a extrema direita bolsonarista anda a fazer no país, inclusive por intermédio de algumas figuras abjetas que reivindicam a condição de jornalistas. Errado! Jornalistas não são, mas bocas de aluguel. Há múmias por aí que passaram a revelar seu reacionarismo delirante só depois de Bolsonaro ter chegado ao poder. Não opinavam antes por quê? Por falta de financiamento? Quanto custa a sua suposta opinião? Ainda voltarei oportunamente a este tema.

Quero falar agora sobre o ministro da Educação, Milton Ribeiro. É um político. É um homem público. E pensa políticas públicas. É também um pastor. Ao falar a seus fiéis, diga lá o que bem entender — desde que não esteja cometendo e incentivando o crime. Assim como não se admite que um padre, pastor, rabino, imã ou pai de santo faça a apologia do roubo, da pedofilia, do racismo ou da corrupção, mesmo em seu ofício religioso — ou se admite? —, é evidente que, segundo o ordenamento que temos, o mesmo deve valer para a homofobia.

Segundo decisão do Supremo, enquanto o Congresso não votar uma lei que puna a homofobia, aplica-se a quem praticá-la a pena e as consequências previstas na lei 7.716, que pune o racismo. Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski se opuseram ao enquadramento, conforme relatoria de Celso de Mello, afirmando ser essa uma tarefa do Congresso. Para Marco Aurélio, nem tal recomendação cabe ao Supremo fazer. Os outros sete ministros acompanharam Celso.

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