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Reinaldo Azevedo: “não há equipe econômica que possa salvar um governo que prefira Vélez a Mozart”

A Coluna de Reinaldo Azevedo na Folha de S.Paulo critica o novo ministro da Educação do governo Bolsonaro. “Quem é que, tendo a chance de ter um Mozart na Educação corre o risco de nomear um Pestana? Resposta: Jair Bolsonaro, presidente eleito. Se você não conhece, leia o conto ‘Um Homem Célebre’, de Machado de Assis”.

Reinaldão desenvolve o raciocínio explicando o conto literário brasileiro: “narra a história de um músico cuja ambição era ombrear com os grandes. Sentia na ponta dos dedos o frêmito antecipatório da grande obra, daquela que iria inscrever seu nome no panteão dos gênios. Mas, ao compor, a única coisa que lhe vinha mesmo era polca. O homem era empurrado para o popularesco, não um mal em si, poder-se-ia dizer. O problema de Pestana estava na ambição de ser um… Mozart. Em vez de “A Flauta Mágica”, ele dava à luz ‘Não bula comigo, nhonhô'”.

E finaliza com uma provocação ao governo eleito de Bolsonaro: “a educação é apenas uma das áreas em que o discurso puramente ideológico toma a frente das escolhas racionais. Bem, Ernesto Araújo, futuro ministro das Relações Exteriores, demonstraria sem pestanejar que essa tal ‘razão’ é apenas um dos territórios da ilusão… globalista! Não há equipe econômica que possa salvar um governo que prefira Pestana, que atende pelo nome de Ricardo Vélez Rodriguez, a Mozart. Resta uma pergunta: existe bolsonarismo sem essa fricção ideológica inútil, que só empurra o país para a guerra de todos contra todos?”.

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