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Repórter alvo de ameaça de Bolsonaro já teve outros dissabores com o presidente

Da Agência do Poder

O jornalista de O Globo agredido hoje pelo presidente Jair Bolsonaro é Daniel Gullino.

Em cumprimento de sua obrigação profissional, ele tentou extrair um comentário do presidente sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle, num montante de R$ 89 mil. À indagação, Bolsonaro retrucou grosseiramente: “Vontade que tenho é encher sua boca de porrada”.

Após a agressão ignóbil, o repórter perguntou se o presidente estaria o ameaçando, mas não obteve resposta.

Gullino já teve outros dissabores na cobertura presidencial. Em 4 de março, ele era um dos jornalistas que estava de plantão na saída do Alvorada, onde Bolsonaro protagonizou uma das cenas mais patéticas de seu governo. Transferiu ao humorista Márvio Lúcio, o Carioca, a tarefa de responder às perguntas sobre o pífio resultado do PIB, divulgado na véspera.

Na ocasião, Gullino comentou em suas redes sociais: “Bolsonaro colocou um humorista para oferecer bananas a jornalistas e para responder perguntas. Tentamos fazer perguntas a Bolsonaro. Como ele não quis responder, viramos as costas e fomos embora”, relatou no twitter.

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