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Retaliação: ex-promotor diz que só denunciou Haddad porque foi acusado de receber propina

O promotor aposentado Marcelo Milani e Fernando Haddad. Foto: reprodução

O ex-promotor Marcelo Millani reconheceu perante a Justiça ter “ultrapassado os limites em sua atuação” no cargo e admitiu ter movido ações de improbidade administrativa contra Fernando Haddad (PT-SP) como forma de retaliação, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo

Essa admissão ocorreu em um acordo no qual Millani desistiu de um processo que movia contra Haddad. O acordo foi oficializado pelo Superior Tribunal de Justiça na última quinta-feira (7).

A atitude retaliatória do promotor originou-se do relato de Haddad à revista Piauí, no qual afirmou ter recebido, durante seu último ano como prefeito de São Paulo, em 2016, a informação de que Millani teria solicitado R$ 1 milhão em propina para evitar uma ação judicial contra a Odebrecht.

O texto de Haddad foi veiculado na Piauí em 2017. Em resposta, Millani processou o atual ministro da Fazenda por calúnia, injúria e difamação. Embora tenha obtido sucesso na primeira instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reverteu a condenação do político do PT.

Diante da perspectiva de uma nova derrota, Millani buscou um acordo com Haddad: a ação contra o político seria encerrada, e o promotor, agora aposentado, ficaria isento de pagar honorários advocatícios para os advogados do ministro. Além disso, ficou acordado que ele admitiria ter movido as ações contra Haddad apenas em resposta à denúncia feita pelo político contra ele.

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