Revista íntima de diplomata em Nova York enfurece governo indiano
Uma diplomata indiana afirmou que autoridades americanas a obrigaram a tirar suas roupas, examinaram seus orifícios e coletaram saliva para um teste de DNA durante uma revista policial após ser presa sob acusação de irregularidades em seu visto em Nova York, apesar de suas “incessantes declarações de imunidade”.
O caso desatou uma ampla indignação na Índia e enfureceu o governo de Nova Délhi, que revogou os privilégios para diplomatas dos EUA em protesto ao tratamento imposto à mulher.
O governo americano lamentou, oficialmente, o episódio.
O incidente prejudicou as relações entre a Índia e os EUA, que esfriaram em anos recentes.
Devyani Khobragade, a vice-cônsul da Índia em Nova York, foi presa na quinta-feira do lado de fora da escola de sua filha em Manhattan sob a acusação de que mentiu em seu pedido de visto sobre quanto pagava à sua empregada, uma cidadã indiana. Promotores afirmam que sua funcionária recebe menos de US$ 3 por hora de trabalho.
Em um email publicado na mídia indiana nesta quarta-feira, Khobragade disse ter sido tratada como uma criminosa comum. “Eu sofri várias vezes em meio ao insulto de ser algemada repetidamente, de ser obrigada a me despir, de ter meus orifícios vasculhados, de permitir a coleta de material para exame de DNA em uma revista policial com criminosos comuns e viciados em drogas, apesar de minhas incessantes declarações de imunidade”, escreveu.
Khobragade foi solta após pagar uma fiança de US$ 250 mil.
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